quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Uma Reflexão sobre a Salvação!

                                   


 “NAQUELA MANHÔ

Numa noite, cerca de três horas da madrugada, fui despertado pelo bater de alguém na minha porta. Ali estava um homem inteiramente estranho para mim. Disse: - “Vim pedir-lhe que me acompanhe para orar por uma moça moribunda”. Quando lhe disse que iria assim que o dia clareasse, ele mostrou-se temeroso que fosse tarde demais.
Enquanto trocava de roupa, disse-me ele: -“ Não é um lugar aprazível mas uma casa de perdição. Essa moça parece ter conhecido o senhor e me pediu que o visse buscar para orar com ela”. Procurei tranquilizá-lo sobre o assunto dizendo-lhe que não importava o lugar onde estava, desde que ela desejasse que eu orasse por ela.
Saímos e fui levado para aquela casa. Ali encontrei uma pobre moça ainda adolescente. Era evidente que ela agonizava  e em breve encontraria o seu Criador. Uma pequena lâmpada na mesa ao lado da cama. Voltei o abajur para que seu rosto fosse iluminado, a fim de ver se a conhecia. Sentindo o que eu fazia, disse: -“Não creio que o senhor me conheça, mas eu o conheço, e sabia que o senhor viria orar comigo, porque estou morrendo. As moças aqui não acreditam, mas eu sinto que estou morrendo”.
Enquanto eu buscava na mente precisamente o que  diria para trazer aquela pobre alma ao Salvador ressurreto, ela resolveu o problema perguntando-me se não havia na Bíblia uma história de uma ovelha que saiu do aprisco para longe e se perdeu, mas o Pastor que fora atrás dela, e trouxe-a de volta.
Ó, sim, disse eu, é a história das noventa e nove ovelhas e uma que se perdeu.
Sim, murmurou ela, uma que se perdeu e repetia: uma que se perdeu.
Ajoelhei para orar por aquela moça agonizante, as outras moças se ajoelharam também, soluçando, pela companheira de quarto. Que reunião maravilhosa! Eu pregara a grandes congregações, mas nunca tivera uma audiência tão iluminada pela presença do Senhor Jesus como aquela.
Quando levantei a vista senti que jamais hei de esquecer a expressão daquela face: -“Oh! Ela exclamou: Ele está me unindo ao Seu coração”. Jamais ouvira aquela expressão antes e repetidamente ela dizia: -“Ele está me unindo ao Seu coração”. Retornei aquela casa mais tarde e soube que Maria já se extinguira, os carregadores do serviço funerário chegavam também naquele momento.
Uma das moças veio ao meu encontro e suas primeiras palavras foram: -“Como desejamos que o senhor estivesse aqui quando Maria se foi! Estava tão feliz, repetiu sempre: -“O Pastor me encontrou e me uniu ao seu coração”; e tentava por os braços ao redor de algo invisível. E então, com suave adeus para nós, ela se foi”.
Alguns anos mais tarde, eu pregava o Evangelho em certa cidade, quando uma jovem senhora veio a mim e perguntou sorrindo: - “O senhor não me conhece?” Quando lhe repliquei que não podia me lembrar com segurança, ela disse: -“Eu sou a moça que lhe contou como Maria morreu naquela manhã e quão feliz se sentiu em seu novo estado. Mas há algo que também quero dizer, uma ou duas vezes tentei escrever-lhe para contar a história, mas não tive coragem de terminar a carta”. – Muito bem, e agora? –“Só isto: naquela manhã quando o Bom Pastor trouxe Maria, a ovelha desgarrada em um ombro, eu vim no outro”.

*************************************

P. W Philpott – (Extraído)
De: “RAIO DE LUZ” – Oout. A Dez. de 1971


window.setTimeout(function() { document.body.className = document.body.className.replace('loading', ''); }, 10);