“ENQUANTO É DIA”
Tremo ao contemplar
milhares,
milhões caminhando
para o abismo,
enquanto o povo que
se chama pelo Teu Nome
se assenta a tecer
grinaldas de flores,
preocupado em
acompanhar os padrões
do presente século.
Que fizemos do teu
senso de urgência:
“trabalhai enquanto é
dia?”
Do teu santo
objetivo:
“É necessário que eu
anuncie o evangelho...
porque para isso fui
enviado?”
Tu não Te importaste
de ser diferente
dos grandes do teu
tempo.
Bastava-Te o ideal,
a angustiante certeza
de que era breve
Teu tempo aqui.
Sobretudo, havia o
amor.
Por ele Te fizeste
maldição,
objeto de escárnio e
zombaria,
quando permitiste que
Te erguessem,
entre o céu e a
terra, nos braços de uma cruz.
Abre-nos os olhos,
Senhor, para a profundidade
da missão que nos deste;
Dá-nos consciência do
preço que Te custou
a autoridade para
ordenar:
- “Ide e pregai o
evangelho...”
Enquanto é dia,
enche-nos do teu senso de urgência.
Sobretudo, Senhor,
que nos possua
aquele amor que Te
fez aceitar o ridículo da cruz:
Ele nos fará
desprezar os valores do mundo,
ele nos levará a sair
pelos becos e valados,
em busca dos
famintos,
para que a Tua casa
se encha,
para que aleluias e
hosanas
se ergam ao santo
nome Teu.
- - - - - - - - - - -
- -
Autora: Myrtes Mathias – De: “HÁ UM DEUS EM TUA VIDA”
******************************************************
“Um amigo insistiu
muito com um senhor dono de um automóvel, que ajudasse a transportar um garoto,
vítima de paralisia cerebral, para o hospital onde estava sendo submetido a
tratamento. O homem, que tinha muitos negócios e vivia ocupado, foi o primeiro dia,
mas reprovava-se por ter aceito uma responsabilidade que lhe roubaria tanto
tempo, responsabilidade que outros poderiam ter assumido.
Quando aquele senhor
pegou o garoto e coloco-o ao seu lado no automóvel, este perguntou:
- O senhor é Deus?
- Não, não sou Deus –
foi a resposta lacônica.
- O senhor trabalha
para Deus?
- Não, não trabalho
para Deus – replicou o homem – mas por que essas perguntas?
- Quando perguntei à
mãe quem me levaria para o hospital, - explicou o garoto, - ela disse que não sabia, mas
que Deus tomaria conta do meu problema.
Longo silêncio deu ao
homem tempo para refletir. Com alguma dificuldade, falou, finalmente ao menino:
- Filhinho, nunca antes pensara
em trabalhar para Deus. Pode estar certo que, de agora em diante, eu o farei de
todas as maneiras que me forem possíveis.
De: “VIDA CRISTÔ - 1º TRIMESTRE DE 1991