quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Uma Poesia sobre o Crer em Deus

“O  GRILO”



Numa noite clara,
de lua redonda
como um queijo branco
no prato do céu,
no meio do mato
uma voz ouvi
que falava sempre:
CRI... CRI... CRI...

Vestido de noite,
perdido no escuro,
parado  num canto
que não descobri,
seu corpo comprido,
de inseto elegante,
confesso não vi...
Só ouvi seu canto
na perdida sombra:
CRI... CRI... CRI...

Estava sozinho,
sem algum amigo
com quem conversasse;
Então decidi:
-“Com o grilo alegre,
Vou travar conversa.”
- “Ei grilo, não temas,
que eu não sou de briga!
Creste no que eu disse?”
... e o grilo, do escuro,
respondeu na hora,
como se entendesse:
CRI... CRI... CRI...

Fiquei muito alegre,
ele me entendia
e me respondia
com satisfação...
Pus-me a contar fatos
que o deixaram quieto,
prestando atenção:
-“Uma vez, amigo,
veio ao  mundo um homem
muito meigo e puro,
perdoando a todos,
libertando escravos,
saciando pobres
e curando enfermos;
Homem tão bondoso
como igual não vi...
-“Creste no que eu disse?”
... respondeu o grilo,
como se entendesse:
CRI... CRI... CRI...

Pois o tal profeta,
(Ele era profeta),
como fosse humano,
dedicado e amigo,
recebeu dos homens
o pior castigo
que já conheci:
Numa Cruz pesada
foi crucificado,
Suas mãos sangraram,
rasgadas, feridas,
Sua fonte clara
foi lavada em sangue,
padeceu torturas
como nunca vi...
- “Creste no que  eu disse?”
... respondeu-me o grilo,
como se entendesse:
CRI... CRI... CRI...

Mas um dia, um belo
dia de domingo,
esse Homem puro,
que nenhum pecado
no mundo provou,
rompeu as cadeias
da morte gelada,
e ressuscitou...
Seu corpo na pedra
do escuro sepulcro,
ninguém mais achou...
O nome bendito
do Ser soberano
da glória e da luz,
soa como um hino,
às vezes humano,
às vezes divino,
O nome é ... JESUS.

Esse doce amigo
que sofreu assim,
padeceu castigo
e morte por mim.
Para ser sincero,
devo confessar:
Ele foi ferido
para me salvar...

Bem, já se faz tarde,
vou dormir, amigo,
boa noite, Grilo...
Mas, ó companheiro,
tu creste de fato
No que eu disse aqui?

Respondeu-me o grilo,
como se entendesse:
CRI, CRI, CRI, CRI, CRI!!!

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  Autor: Poeta Gióia Júnior

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